quarta-feira, 30 de março de 2011

Parceria da oportunidade



Sem espaço no Vasco, goleiro vê em transferência para o futebol português a chance de revitalizar sua carreira

Depois de cinco anos nas categorias de base do Grêmio, o goleiro Gott, pouco aproveitado no Vasco, foi emprestado ao Vasco da Gama de Sines, de Portugal, até junho desse ano. Para ele, a transferência para o futebol europeu representa, além da experiência internacional, a oportunidade de provar que pode, assim que voltar ao Brasil, fazer história no clube carioca.

Adaptação à cidade grande

Natural de Três Passos, cidade do interior do Rio Grande do Sul, Gottfried Antônio Golz - cujo nome fora herdado de seu avô, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, deu seus primeiros toques na bola aos 11 anos, em uma escolinha na própria cidade.

Em janeiro de 2004, durante a disputa de um campeonato em Santa Catarina com o time de Três Passos, um olheiro do Grêmio reconheceu seu talento e enxergou nele um goleiro em potencial. Dois meses depois, já estava de malas prontas para Porto Alegre, onde iria defender as cores da equipe sub-13 do Tricolor Gaúcho. Com a transferência, a primeira dificuldade: a adaptação ao estilo de vida de uma cidade grande.

- Saí de uma cidade pequena para morar em Porto Alegre. No início fiquei assustado, tinha apenas 13 anos, mas, com o tempo, fiz novas amizades e fui me acostumando. Lembro que minha mãe ficou comigo na primeira semana - disse Gott, em entrevista exclusiva.

Ele revela a alegria que teve ao saber que vestiria a camisa do Tricolor Gaúcho.

- Na época, demorou para cair a ficha, já que é um dos maiores clubes do rio Grande do Sul. Com 13 anos, saí de uma cidade com menos de 30 mil habitantes para jogar no Grêmio, isso era o sonho de toda a garotada da minha idade naquele tempo.

Do Sul para o Rio de Janeiro

Cinco anos após sua chegada ao Grêmio, houve uma mudança na diretoria do clube. Vários dirigentes - alguns, responsáveis pelas categorias de base - deixaram o tricolor - um deles foi Rodrigo Caetano, atual diretor de futebol do Vasco. Com isso, vários jogadores perderam espaço no clube gaúcho, incluindo Gott. Caetano aproveitou para levá-lo, assim como o atacante Lipe, para o Cruzmaltino.

- Com a mudança na direção do Gremio, acabei perdendo espaço, mas, em seguida, apareceu a oportunidade de ir para o Vasco - disse o goleiro.

No Vasco, Gott seguiu sem espaço. Reserva de Cestaro e Adilson na equipe de juniores, não atuava no torneio Otávio Pinto Guimarães e nem conseguiu emplacar na Copa São Paulo da categoria.

- Eu tinha apenas três meses de Vasco, era reserva do Cestaro, e não vinha atuando no Torneio OPG. Mesmo não tendo ido bem na Taça São Paulo, amadureci e aprendi muito na competição - ponderou.

Exterior traz nova chance para o goleiro

Em meados de 2010, o Vasco firmou uma parceria com o clube homônimo em Portugal, o Vasco da Gama de Sines, cidade de nascimento do almirante que dá nome a ambos os clubes. Nessa parceria, o Cruzmaltino emprestou em agosto quatro jogadores aos portugueses, um dos quais, o goleiro Gott, hoje titular da equipe, segunda colocada na AF Setubal (equivalente a um Campeonato Estadual do Brasil, mas de maior duração)

- Foi uma grande oportunidade que apareceu na minha carreira. Tudo tem corrido bem para mim aqui.

Ele analisa as diferenças entre o futebol brasileiro e o português:

- O futebol português é mais pegado que o o futebol brasileiro, é um estilo de jogo mais duro, de mais contato, diferente do que se vê no Brasil. Os treinos também são diferentes, aqui se usa muito campos reduzidos. Para se ter uma ideia, desde que cheguei aqui, fiz apenas um coletivo.

Apesar das diferenças entre os estilos, Gott afirma que a adaptação não tem sido problema, em parte graças ao grande número de brasileiros que vivem no país ibérico:

- A adaptação está sendo muito boa. No início, tive um pouco de dificuldade, mas tudo dentro do normal, hoje já estou adaptado. Portugal é um país bom de se viver, muitos brasileiros que moram aqui, o que facilita e faz você criar novas amizades.

Confira um bate-bola com Gott, goleiro titular do Vasco da Gama de Sines:

Flávio Amaral: Como você avalia seu crescimento pessoal e profissional de Três Passos para Sines?
Gott: O crescimento foi grande, além da parte física, também no pessoal. Aprendi muito durante todo esse tempo. Muitas pessoas me ajudaram. Sempre procurei ouvir os mais experientes e absorver o que passavam de positivo. Acho que esse é um segredo: saber ouvir os mais velhos e aprender com eles.

Flávio Amaral: Do que você mais sente falta em Três Passos?
Gott: Sinto muita saudade dos meus pais, meu familiares e amigos que moram lá. Sempre que possível, vou lá visitá-los. Quem sabe, no futuro, eu possa voltar lá. O amanhã a Deus pertence.

Flávio Amaral: Tem algum ídolo no futebol ou alguém em quem se espelha?
Gott: Não tenho idolos, mas sempre gostei muito do Taffarel e do Petr Schmeichel (goleiro dinamarquês que jogou no Manchester United e no Manchester City, além do Sporting Lisboa. Admiro muito os dois.

Flávio Amaral: Se você voltasse hoje para o Vasco, o que o Gott de hoje teria que o de 2009 não tinha?
Gott: Com certeza, voltaria mais maduro, mais experiente, mas isso é um procedimento normal na vida de um goleiro, que adquire experiencia somento jogando. Graças a Deus, estou tendo minha oportunidade aqui.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Minha relação com o Cinema

Buenas!

Estava muito tempo sem passar por aqui, né? Faltou assunto e inspiração heheh, acontece. "O drama da página em branco". Estou feliz por demais da conta com uma novidade na minha faculdade: minha habilitação, que tinha por nome Radialismo (Rádio e TV), mudou. Agora, eu faço Comunicação Social, com habilitação em Cinema & Audiovisual. YEAAAAAH! Gente, quase chorei de emoção. Mentira, não foi tão emo assim, mas putz!, fiquei muito feliz. :)

Além disso, este período estou tendo a melhor matéria do mundo: Teoria do Cinema, ou História do Cinema, para vocês terem uma noção melhor. E o professor nos pediu, na primeira aula, um texto de 30 linhas com o seguinte tema: cada um dissertar sobre sua relação com o Cinema e o Audiovisual, de um modo geral. Gente! Acho que nunca me perguntei isso, sabiam? Quase vergonhoso para alguém que aprecia tanto a Sétima Arte, não? Pois é. E gente, que pânico para escrever! Vocês não têm noção, as palavras simplesmente não saíam hahah.



Depois da semana inteira pensando, escrevendo, apagando, editando, na véspera fiz um texto às pressas que achei legal compartilhar aqui. O básico do texto é o mesmo praticamente, apenas modifiquei algumas coisas... Incrível como eu estou sempre retocando o que escrevo, não posso reler nada meu que quero mudar hahah.

Sem mais delongas, aqui está ele:


Difícil dizer, em algumas palavras, minha relação com o Cinema. Com o audiovisual, em geral, é fácil – e devo ser sincera: é limitada. Deve-se ao fato de minha atenção e interesse sempre ter sido o Cinema.
É complicado localizar, em minha memória, quando meu interesse pelos filmes foi despertado. Quando penso tenho a impressão de ter sido desde sempre. A visão sobre os filmes, contudo, foi mudando ao longo dos anos. De espectadora comum, passei a apreciá-lo como a Sétima Arte.
Deste momento em diante, não parei mais. A busca por informações, textos, notícias, qualquer coisa relacionada, é constante. Nunca me dou por satisfeita. Preciso de mais, sempre. Numa destas buscas, encontrei o diretor que fez com que minha paixão virasse amor: Charles Chaplin.
Seu Cinema, para mim, é atemporal. Tanto nas temáticas quanto na técnica. Utilizar em seus filmes o humor pastelão e, junto com ele, transmitir suas mensagens, é um dos aspectos que considero genial. Além, claro, da emblemática figura do Vagabundo, a caricatura perfeita. E eu poderia ficar aqui horas e horas falando sobre ele...
Uma diretora da atualidade que me impressiona e sempre me deixa satisfeita, é Sofia Coppola. A cineasta cria narrativas extremamente sensíveis, sentimentais. Seus filmes são poéticos e muitas vezes ela fala com o espectador através das imagens. Sofia Coppola é sempre uma questão de sentir.
E justamente uma das belezas do Cinema é isto. Sentir. O que eu sinto de um filme de fato não será o que você sentir. Podemos compartilhar até da mesma opinião em determinado tema, mas temos visões diferentes. A bagagem adquirida ao longo da sua vida é fundamental para que isso ocorra.
Uma das sensações do Cinema que mais me agrada é a surpresa. A expectativa de achar que um filme será bom e ele te surpreender negativamente; o contrário, melhor ainda. Além disso, o filme que assistimos hoje, ao ser assistido novamente depois de um tempo, dificilmente será o mesmo.
Nossa interpretação pode mudar. Detalhes novos podem ser percebidos e outros deixados de lado. Um filme que não te causou nada pode vir a ser um dos seus favoritos; aquele que te deixou empolgado por dias, pode cair significativamente no conceito e alguns podem permanecer no mesmo entendimento.
Além disso, o entretenimento. Afinal, filmes servem para te divertir, emocionar, te fazer pensar, refletir e, até mesmo, dar medo (filmes de terror servem para? Ah tá). Cinema é isso tudo. E mais um pouco.



Foi muito difícil escrever, mas eu tentei, né? :P

Até a próxima!