sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Qualquer calmaria...

Esse texto é inspirado na música "Um móbile no furacão", do Paulinho Moska (ele não cantou no show maravilhoso que fez no Sesi - Centro RJ, mas é uma das que mais gosto) e influenciado por um bate-papo que tive com minha amiga Lorena (fofis!!!), na volta de lá.
Escrevo escutando, insistentemente, "Um vendaval", na voz da Isabella Taviani - que dá título à curta criação.



UM VENDAVAL

Você, assim como um vendaval, chegou e bagunçou tudo: revirou pensamentos, deixou sentimentos de pernas pro ar!
(Tirou meu ar, aliás...)
Você invadiu meu espaço, adentrou minha mente, chegou como quem prometia paz.
Ilusão, apenas: você chegou, mas não quis ficar.
Suas mãos, a princípio, pareciam querer para sempre me segurar.
Ao contrário disso, você nada fez, deixou - louca e curiosamente - o meu amor escapar.
Eu, sempre tão disposta a amar, desta vez só abri o coração por ter a certeza da reciprocidade.
Corações também se enganam, meu bem - e, outra vez, tive como companhia somente a minha ansiedade.
¡Falta mía, sí! Reconheço minha inconstância e (im)pulso acelerado.
Perdida, buscando por sensações efêmeras neste cotidiano, posso ter escolhido o momento errado.
Fato é que, o que outrora fora um vendaval, agora, visto à distância pode parecer um simples assopro.
(Mesmo que eu tenha esquecido do quanto os vendavais são rápidos e deixam sérias consequências.)
Não quero entender, saber o porquê, saber de você.
Insistir seria falta de inteligência.
Sem essa de apego, de ternura, de parecer aprendiz...
"Somente eu posso saber o que me faz feliz".

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