segunda-feira, 18 de julho de 2011

Harry Potter: o fim

Então, gente... Esse post vai me tomar horas. Já faz uma meia hora que estou aqui com o Word aberto e não sabia por onde começar, como começar e como dizer tudo. Muito difícil escrever sobre o filme que mais me emocionou nos últimos anos. E, claro, parte da carga emocional deve-se também ao fato da história que marcou toda minha infância e adolescência ter chegado ao fim.
Como disse no post sobre HP, são 10 anos. Dos 11 aos 21 anos não é pouca coisa, néam? É complicado para mim e, garanto, para as pessoas que como eu acompanharam todos os filmes, livros etc. Provavelmente alguém se pergunta “como assim chegou ao fim? Chegou ao fim quando você leu o sétimo livro, né mimimi”. Sim, claro, também foi difícil, mas é que a cada livro que ia sendo lançado, o filme vinha logo depois. Então, o fim chegou, de fato, com o filme.
Eu assisti pela primeira vez na quinta-feira, 00h. Pré-estreia. E será um dia que ficará para sempre marcado, não só pelo filme e pelo fim, mas porque eu estava na companhia de todos os meus amigos que viveram comigo toda essa fase. Alguns, eu conheci na faculdade, mas são igualmente importantes e viciados hahah. Então rimos juntos, choramos juntos, assistimos ao fim de tudo juntos...
E gente, sessão de 00h, pré-estreia, é a coisa mais engraçada ever. Tem que ir no espírito! Tem que ir sabendo que vai ter gente fantasiada, que o povo vai gritar quando o filme começar, que vai gritar também nas cenas que nós que já lemos o livro sabemos quais são, enfim!, que o povo vai ficar louco. E eu adoro esse clima! Na verdade... Adorava (lágrimas). Lógico que depois eu preciso assistir ao filme novamente com mais calma, menos euforia etc e tal.
No caso deste Harry Potter, acho que passarei o mês inteiro catando companhias para assistir umas sete vezes ou mais no Cinema. E fale o que quiser sobre isso, usarei a filosofia Honey Badger: “I don’t care, I don’t give a shit”. É o fim e eu preciso aproveitar e rever o quanto for necessário e enquanto eu tiver dinheiro, lógico. Por falar em dinheiro, não gaste à toa no 3D. É desnecessário e nada acrescenta além da dor de cabeça em alguns. E o filme em 2D é muito melhor aproveitado, as imagens são ótimas.
É, eu finalmente comecei a falar sobre o filme... Que tarefa difícil, hein. Começa pelo fato de que eu adorei todos do Yates até hoje. E ainda considerei o HP 7.1 perfeito. Tarefa difícil falar sobre o 7.2, já que estou pensando e repensando e... Também o considero perfeito. Vamos lá? And here we go.
E se você não leu os livros, não ler. Se não quer saber como certas coisas se desenvolvem no filme mesmo que tenha lido, não ler. Contém spoilers.



O começo é bom. Muito bom. A trilha sonora... Ah, Desplat. Seu lindo. A trilha desse filme é absurda. Tanto da primeira quanto da segunda parte (que é melhor ainda). Man, aquela cena que o trio passa correndo por Hogwarts no meio da guerra... Que-trilha-é-essa-diz-pra-mim?! Era uma cena de ação, podia facilmente ser algo nesse clima, aquela coisa batidona e tal, mas não! Não! A trilha é melancólica, é triste... Claro! O lugar que nós tanto adorávamos está sendo destruído, pessoas estão morrendo nisso tudo. Sim, em algumas cenas a trilha é de ação total, mas essa aí me chamou atenção. Num geral, ela poderia ter sido somente no estilo “corre, corre”, e não foi.
Outra que me chamou atenção foi a dos flashbacks do Snape. Delicada, triste mais uma vez, acrescentando a carga emocional que era pedida. Perfeita. Aliás, que flashbacks, hein? Alan Rickman chutando tudo neles. Eu já sabia que ele era um bom ator (bom não... excelente). E assim que eu li essa cena no livro, digamos assim, eu sabia. Sabia que ele ia arrasar e muito ali, que era só o filme dar espaço. E deram. E meldels, gente. Eu desabei ali. Na verdade, eu desabei assim que ele, antes de morrer, disse para Harry: “You have you mother’s eyes”. Que êsso, Brasil. Depois, foi choradeira até o fim.
Por falar em atuações, outro destaque que eu gostei e estava sentindo falta era de Maggie Smith como a impagável Minerva McGonagall. Perfeito timing em “Eu sempre quis usar esse feitiço”. Aliás, o filme tem um timing perfeito... Ele possui humor quando necessário, drama e romance na medida certa. Rony e Hermione, finalmente! Seus lindos! (: E o povo sempre fala mal de Harry e Gina, mas eu acho muito digna a forma como aparece no filme dos dois...  É fofo, gente. É delicado.
EDIT: Acrescentando aqui dois pontos que esqueci, como pude? Gente, Ralph Fiennes absurdo como Voldemort! Aquela cena que Neville pede a palavra e ele se concentra todo, claramente com ódio e deixa o menino falar... Os espectadores todos juravam que ele ia receber um Avada Kedavra ali, na hora haha. Extremamente competente em fazer um vilão asqueroso e que temos vontade de odiar. E por falar em Neville... Ele mesmo. Salvando o dia (ótimo!!) e, junto com Rony (Rupert Grint tem tudo para se tornar um baita ator), protagonizando as cenas cômicas com precisão, sem ficar over. Muito bom os dois.
As mortes de Fred, Tonks e Lupin são como aparecem no livro. As de Tonks e Lupin talvez choquem mais, por ser de uma forma tão rápida, mas elas são assim no livro também. É frio, mas é um frio proposital. Gostei muito do momento leoa de Molly Weasley pra cima de Belatriz, exatamente como no livro “Not my daughter, you bitch!”. Outra coisa... Direção de arte, efeitos visuais, especiais, som... Impecável, povo. A fuga de Gringotes no dragão é per-fei-ta. Tudo impecável. Vai rolar Oscar nisso aí, hein. Indicações em algumas dessas. E por mim rolava indicação até para Alan Rickman como ator coadjuvante, mas né... É aquilo. E a trilha sonora do Desplat PRECISA ser indicada.
E para fechar, o epílogo. Chorei horrores ali quando assisti a primeira vez. A trilha sonora dele é do primeiro filme, gente. Até lembro a cena, é a que Harry está indo embora de Hogwarts. E ela toca em outras partes do filme também e... YATES, maledeto, por que fez isso comigo? Me acabei ali quando escutei com qual música ele resolveu finalizar a saga. E também a forma como ele resolveu terminar... Com um close neles, no trio que nós acompanhamos por 10 anos e vimos crescer e...  Sério. Sem palavras.
Acho que é isso... Foi difícil, mas saiu. Talvez eu tenha deixado algumas coisas de fora, mas é a emoção hehe. Foi um adeus lindo. E digno. Digno da história maravilhosa que é. Fez jus. E como fez... Vai deixar muita saudade. Na verdade, já está deixando... E para sempre.

            Num futuro próximo, se alguém me perguntar se depois desse tempo todo (after all this time?) eu ainda sinto saudades dessa época, eu irei responder: "Always". ;)

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